INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Saudações, gostaria de formalizar uma queixa sobre comportamentos (falas, comentários, questionamentos irônicos realizados em horários de trabalho, insistência no assunto mesmo sem motivo aparente) inadequados no tocante à liberdade de crença religiosa, em relação a funcionária Satiko Myiai, minha colega de trabalho. Ressalto que desde os primeiros dias de trabalho esses comentários vem sendo realizados por ela, sendo que eu mesmo evito tocar no assunto religioso no horário de serviço. São sempre comentários críticos, repetitivos, quando não irônicos e realizados até mesmo durante as sessões ordinárias - momento que é exigido de mim maior atenção para a operação do painel eletrônico de presença, votação e controle do tempo de fala dos vereadores. Destaco que é de conhecimento de outros funcionários - Kyoshi e Karine, por exemplo - esses comentários e suposta antipatia da funcionária Satiko pela fé cristã, tendo eles presenciado algumas vezes tais comentários. Peço que chamem esses colaboradores também para serem ouvidos e confirmarem - ou não - tais episódios. De qualquer forma, creio ser improdutivo e desrespeitoso a mim e a qualquer pessoa ter de ouvir repetidamente e em situações inadequadas, como durante as sessões, tais críticas que se manifestam do absoluto nada, sem contexto ou motivação de minha parte, sobre a fé cristã. E reitero que me sinto profundamente prejudicado e desrespeitado, inclusive quanto ao meu psicológico, destacando que parte - não completamente, mas parte - da piora do meu quadro de saúde mental se deve a essa intolerância religiosa. Cabe destacar ainda que estou confiando ao sistema de ouvidoria desta Casa a resolução do problema, de forma justa e eficiente para a manutenção das atividades e do interesse público, pois posso não ser o primeiro ou o último a passar por esse tipo de intolerância. E já aproveito para frisar: trocar o funcionário prejudicado de setor ou departamento não resolve totalmente, a meu ver, o problema, sendo necessário, na opinião deste colaborador (Graduado em Gestão da Saúde Pública e com pós-graduação em Saúde Mental ) uma abordagem no problema e comportamento, e não somente na extinção do conflito. Conflitos mediados e administrados podem ser benéficos para a organização, pois levam a um novo patamar de entendimento e atuação dos colaboradores No demais, destaco não haver quaisquer outros problemas em relação a relação interpessoal ou execução das minhas atividades durante o horário de trabalho.